sábado, 4 de junho de 2011

Francisco Alves - Hino a João Pessoa (1930)






“João Pessoa foi morto a tiros pelo jornalista João Dantas, que apoiava o inimigo político de Pessoa, o coronel Zé Pereira, da cidade de Princeza, na Paraíba. Considerado o grande mártir da Revolução de 30, o hino em sua homenagem, um grande sucesso na época, foi cantado na abertura da revista teatral “O Barbado” no Rio duas semanas depois da vitória da Revolução. Seus autores são o maestro Eduardo Souto e Oswaldo Santiago, poeta pernambucano e compositor de valsas e marchinhas de carnaval.”

Marcilio Franca, comenta:

“Governador da Paraíba, João Pessoa foi candidato a vice-presidente na chapa liderada por Getúlio Vargas, derrotada nas fraudulentas eleições de 1929/1930. Seu assassinato, em julho de 1930, no Recife, provocou comoção nacional. O disco da gravadora Odeon com a voz de Chico Alves cantando o hino fez um enorme sucesso.

A letra diz o seguinte:
“Lá do Norte, um herói altaneiro,
Que da pátria o amor conquistou,
Foi um vivo farol que ligeiro
Acendeu e depois se apagou.
João Pessoa, João Pessoa,
Bravo filho do sertão!
Toda a pátria espera um dia
A sua ressurreição.
João Pessoa, João Pessoa,
O seu corpo varonil
Vive ainda, vive ainda
No coração do Brasil.
Como um cedro que tomba na mata,
Sob o raio que em cheio o feriu,
Assim ele ante a fúria insensata
De um feroz inimigo caiu.
João Pessoa, João Pessoa,
Bravo filho do sertão!
Toda a pátria espera um dia
A sua ressurreição.
João Pessoa, João Pessoa,
O seu corpo varonil
Vive ainda, vive ainda
No coração do Brasil.
Paraíba, ó rincão pequenino,
Como grande esse homem se fez!
Hoje em ti cabe todo o destino,
Todo o orgulho da nossa altivez.”



Enviado por Vanisa Santiago

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