sábado, 21 de maio de 2011

O Código Florestal e futuro da floresta.




Matança


Composição : Jatobá 

Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar
Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar
Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é
Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d'arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-fero, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá




Na discussão da referida canção surge a conversa que segue:


Em quais artigos, a proposta do Código Florestal não atenta para as boas práticas ambientais?

João Pereira responde:

“Professora, por exemplo, acho uma excrescência, coisa herdada do passado, considerar como consolidados desmatamentos ilegais ocorridos até julho de 2008 (Artigo 3º, inciso III); Dispensar de averbação a Reserva Legal no cartório de imóveis; Ignorar a diferença entre agricultor familiar e pequeno proprietário estendendo a este flexibilidades cabíveis aos agricultores familiares; e nem vou comentar sobre as APP's... Com a devida vênia, fico com o que Elomar canta ... Não chame Nossa Senhora, só quem pode nos salvar.”


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